Cadernos de urbanismo

Os Cadernos de Urbanismo são um instrumento facilitador do intercâmbio profissional e cultural dos urbanistas, e constituem um ponto de encontro de especialistas, colegas, amigos e estudantes de urbanismo. Foram pensados para constituir um catalisador do urbanismo e do ordenamento do território, com artigos sobre temas atuais, mas também para serem veículo de difusão de programas, planos, estudos, documentação técnica, administrativa, jurídica, social, ambiental e paisagística, sobre as cidades e o território.

Apela-se ao contributo dos membros para submeterem à Associação de propostas de artigos a integrar nos próximos números dos Cadernos de Urbanismo, mediante validação prévia do Conselho Diretivo.

Cadernos de Urbanismo nº5

Cadernos de Urbanismo nº4

Cadernos de Urbanismo nº3

Cadernos de Urbanismo nº2

Cadernos de Urbanismo nº1

CARTAS DE URBANISMO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Da Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III) de outubro de 2016, em Quito, Equador, com a participação de governos subnacionais e locais, deputados, organizações da sociedade civil, comunidades autóctones e locais, representantes do setor privado, profissionais, comunidades científica e académica, e demais atores relevantes, resultou o compromisso de adotar a Nova Agenda Urbana das NU, que se fundamenta na Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Na União Europeia, em 2014, a DG REGIO passou a designar-se como Directorate-General for Regional and Urban Policy, isto é, acrescentou a dimensão urbana à sua denominação. Em 30 de maio, também de 2016, foi assinado o Pacto de Amsterdão acordado na Reunião Informal dos Ministros da UE responsáveis pelos assuntos urbanos. A União Europeia é uma das áreas mais urbanizadas do mundo, já hoje com mais de 70% dos cidadãos europeus a viverem em áreas urbanas, devendo atingir mais de 80% em 2050. O desenvolvimento das Áreas Urbanas terá, pois, um impacto muito significativo no desenvolvimento sustentável futuro da União Europeia e dos seus cidadãos. As Áreas Urbanas de todas as dimensões têm a capacidade para ser motores da economia, impulsionando o crescimento, criando emprego para os cidadãos e reforçando a competitividade da Europa numa economia globalizada.

A coesão económica, social e territorial da União Europeia e a qualidade de vida dos seus habitantes depende em grande medida do sucesso do desenvolvimento urbano sustentável, sem prejuízo da indipensavel complementaridade e interdependência das interrelações urbano-rurais nas suas várias dimensões de sustentabilidade (Declaração de Cork 2.0, 2016).

Torna-se assim necessária uma abordagem conjunta entre as políticas sectoriais e os vários níveis da Administração que permita concretizar plenamente o potencial das Áreas Urbanas. A Carta de Leipzig, em 2007, sintetizou um conjunto de princípios e de orientações com vista à adoção de políticas nacionais, regionais e locais que permitam assegurar cidades europeias sustentáveis, desenvolvimento urbano integrado e a governança que este requer, e uma organização territorial equilibrada que requer uma estrutura europeia policêntrica. A Carta de Leipzig foi, entretanto, revista em 2020 com vista a salientar a necessidade das transformações do território serem sustentáveis (ou duráveis na expressão em francês).

A Agenda Urbana Europeia (2016), entretanto revista, agora denominada a Nova Agenda Urbana Europeia, surge como uma abordagem equilibrada, sustentável e integrada relativamente aos desafios urbanos, focando-se em todos os principais aspetos do desenvolvimento urbano (não apenas o económico, o ambiental e o social, mas também o territorial e o cultural), de modo a garantir uma governança e uma política urbana sólidas, tendo em conta a diversidade europeia em todas estas dimensões, no pleno respeito pelo princípio da subsidiariedade e em harmonia com as competências de cada nível. Para os temas integrados nesta Agenda Urbana, seus problemas e propostas de ação, defende-se ‘melhor regulação, melhor financiamento e melhor conhecimento’.

O Conselho Europeu de Urbanistas aprovou em 2011, em Barcelona, a Carta Europeia do Urbanismo sob o lema Creating our Future. Esta carta vem atualizar e desenvolver a Nova Carta de Atenas que tinha sido elaborada e adotada pelo CEU em 2003. Para além das funções da cidade, esta nova carta apresenta agora a visão do CEU para as cidades e territórios (regiões) da Europa do século XXI.

De salientar também a iniciativa das UN – Habitat denominada Urban Planning Law for Climate Smart Cities – Urban Law Module (2022) que é apresentada como um ‘toolkit’ para apoio à resolução dos problemas legais e das alterações climáticas naquele contexto.

De referir ainda o New European Bauhaus Compass que procura acrescentar ainda o conceito de inclusão e de enriquecer os conceitos de igualdade, acessibilidade e adequação de preços. O Compass identifica níveis crescentes de ambição, mantendo o seu foco na ideia fundamental de assegurar e conceder igual acesso de oportunidades e recursos a todos, encorajando trocas entre culturas, géneros e grupos etários.

Finalmente, a publicação Try it this way mantem o seu interrese com ‘toolkit’ para a prática do planeamento visando desenvolvimento sustentável.

Urban Planning Law for Climate Smart Cities

Try This Way - Sustainable Developmemt at the Local Level

Nova Carta de Atenas

Carta de Leipzig

Carta Europeia de Urbanismo - Barcelona

Declaração de Cork

Nova Carta de Leipzig

New European Bauhaus Compass